sábado, dezembro 29, 2007

Do que a Terra poderia me trazer,
De mais perfeito e singelo,
Os olhos acabam de resplandecer.

E ainda sim,
Te digo Rio,
Você é muito mais do que os olhos podem ver...

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Terror a bordo

Vivemos num único mundo. Apenas dividido por limites, nomenclaturas geográficas, e a controvérsia religião. Contudo e acima disso, somos todos seres humanos, sentimos dor, e lamentamos quando nos deparamos com uma grande tragédia.
Enquanto nós no ocidente acabávamos de comemorar nosso natalício, no oriente médio um odioso ato de terrorismo assolou o inconstante Paquistão. O assassinato da ex-premiê e líder da oposição Benazir Bhutto nesta quinta-feira aprofunda a crise política de lá, que pode se tornar a mais séria desde o surgimento do país, há 60 anos. A ex-primeira ministra morreu em um atentado a bomba depois de participar de um comício político na cidade de Rawalpindi, a 12 quilômetros da capital, Islamabad.
Benazir é filha de Zulfikar Ali Bhutto, fundador do Partido do Povo do Paquistão, enforcado em 1979, após ser deposto por um golpe militar. Seu retorno ao Paquistão depois de anos no exílio (por denúncias de corrupção e improbidade) marcava a busca de um cessar na crise e ditadura que arruinava o País. Era a candidata com maior chance de vencer e a preferida de Bush, que em outros, já enviou bilhões ao presidente Musharraf e o considerava fraco na luta contra o terrorismo. Vale ressaltar que o Paquistão é uma republica islâmica, e a única que possui armamento nuclear. O que traz insônia ao Presidente Bush devido seus projetos no oriente terem sido comovidos.
Muitos protestos estão abalando as cidades paquistanesas e provavelmente as eleições que ocorreriam em janeiro serão boicotadas. Este assassinato pode vir a ser o começo de um enorme conflito e perseguições sanguinárias no oriente.
Hostilidades estão por vir, e nos por lamentar, lamentar profundamente o que os indivíduos estão fazendo consigo. Pois nessa imperdoável guerra de terrorismo, o terror está a bordo.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Que tal um feliz natal?


Essa pergunta é bastante óbvia, não?
De fato, é patente que nós tenhamos e que desejamos a todos um Feliz natal. Mas hoje, ao chegar aqui no Rio algo me fez observar pormenorizadamente essa interrogação. Não sei se foi a mudança abrupta de local, que apesar de ser áspera, vi a mesmice de sensação que sentia em Belém. Na verdade, o ato de se viver bem o natalício é muito das vezes confrontado com a obrigação de presentear alguém. “Já que recebi algo, terei que dissimular a vontade de presentear alguém”. Aquela inquirição regularizada. Como se a essência deste dia fosse dar e receber tais materiais. Não digo nem do esquecimento do nascimento de Jesus, pois minha ordem religiosa foge disso. Não sou um apóstata, mas duvido de algumas proposições doutrinarias. Bom, acontece que o Natal é sempre um dia singelo, logo muito sincero e natural. Um período que sempre exercitamos os mesmo pedidos; Paz e amor. Combate a miséria, a violência. Enfim, praticamos o que somos sempre que quisermos, Ser humano.

Dessemelhante dessa afeição pátria, em algumas pessoas vejo a obrigação preocupante da compra de presentes. Não acho errada essa troca, pois é uma forma de brindar este período. Ocorre que, quando ela ultrapassa a esfera e começa a se tornar aquele negócio chato de TER que comprar o presente por preceito, perde-se a magia singela e natural do Natal.
Então meus amigos, tudo isso foi uma breve reflexão natalina. Todas as datas e mudanças no tempo devem ser ponderadas por nós. Visualizando tudo que foi bom, tudo que foi mau. Como estão caminhando as coisas. O rumo da sua profissão. A busca incansável dos seus sonhos, a concretização de alguns. O amor a família, e aos amigos. O brinde as pessoas que chegam na nossa vida. Enfim, Todo esse espaço de tempo entre o nascimento e a morte. E assim, aprendendo cada vez mais a viver. Feliz.

Um transcendente natal! Que ele ultrapasse todos os seus limites ordinários!

quinta-feira, dezembro 20, 2007


Sempre peço,
Rogo incansavelmente o que pra você
Parece um peso.
O que pra você é um carrego
De toneladas a fio,
Pra mim, mais parece
Uma libélula a voar, e planar...
Sem desvario...

Amor não acontece a toda hora


Incrível como o amor é complexo. Difícil de se analisar. Há quem diga que não existe amor, mas tão somente, provas de amor. Diante dessa afeição que nos impele para o objetivo de nossos desejos, essa pessoa chamada Thais Torres, publicitária, linda e muito amável, fez suas escrevinhações com a maior precisão acerca do assunto. Sua inclinação nos faz refletir se realmente há uma barreira entre o amor e a liberdade. Se a probidade escrupulosa proibi o livre arbítrio. E se podemos amar alguém e fazermos por nossos desejos. Amando livremente.

Um grande beijo Thata


Relacionamentos podem, e devem, ser construtivos e enriquecedores para as partes envolvidas. Um homem e uma mulher não se bastam a si mesmos. Antes, se completam, preenchem, interagem e entrelaçam em uma espécie de osmose seletiva que perdura enquanto dure o prazer do compartilhar, e a vontade de permanecerem juntos. Por outro lado, é imprescindível que ambos mantenham seus princípios inalterados. Que a personalidade de cada um encontre seu própria identidade, independentemente do caminho que tome a relação. Difícil? Complicado?
Sim, talvez mais do que pareça. E não. O amor é capaz de operar grandes mudanças, alterar costumes, hábitos, maneiras. Conquanto não altera personalidades, não deve ser usado como pretexto para tentar mudar no outro as características que não nos agradam.
Levando-se em conta que nem todos os relacionamentos são movidos por ele, o amor, chegamos à conclusão de que é ainda mais difícil atingir um entendimento e um desprendimento capazes de consolidar a união.Paixão, carinho, respeito, amizade, desejo, são apenas algumas das variantes.

É preciso que haja, de ambos os lados, o perfeito compreendimento destas.

É possível que um dos lados ame, e o outro apenas deseje.

É possível que um apenas queira bem. E outro arda em paixão.

Tais desencontros e conflitos de sentimentos podem causar frustração, e frequentemente causam. Insatisfeitos, os dois lados sentem-se lesados, injustiçados, preteridos, ignorados. Na busca de si mesmo no outro, é natural que acabem perdendo-se ainda mais de si mesmos.
Amar enfim, não é buscar a perfeição, mas encontrá-la em tudo o que é imperfeito. Não é omitir-se, anular-se em favor do outro. Mas é revelar-se. Ser, apenas. Ninguém é insubstituível... é claro que não. Porém somos todos únicos e incomparáveis. Cada qual com suas nuances e facetas.
Quando um dos lados é incapaz de conscientizar-se da diferença, estabelece-se um obstáculo, uma barreira. O ato de relacionar-se exige muito mais que vontade e disposição. Exige respeito acima de tudo. Pelo outro, por suas idéias, seus pensamentos, sua maneira de enxergar o mundo, e principalmente, por seus sentimentos.

Soa quase que utópico, é bem verdade. Mas é perfeitamente viável e possível.

Os que nunca erraram, atirem a primeira pedra.

Os que erraram, disponham-se a aprender com seus erros.

Mente e coração abertos para o novo, para o diferente, para o desconhecido.

E tristeza não cabe ao amor

O amor é bem maior que tudo isso

Gostar, amar, à vezes é um sentimento só seu

Não sinta-se triste por sentir sozinho

E sim, vanglorie-se por isso

O sentimento é algo só nosso, e de mais ninguém

Por isso, ame, ame sempre, ame muito, e ame com paixão, entregue-se, viva esse momento

Porque momentos passam sempre, e se você não os aproveitar agora, eles vão solitários.

Como tudo na vida vai mesmo, então ame, entrelace-se nesse prazer

No final, tudo vale a pena

Tudo passa...até mesmo o sentimento, o sofrimento
Então já que tudo passa, ame, mas ame, ame de coração aberto, livre!

Se as lágrimas caírem no final de tudo, deixe que limpem seu rosto, seu coração

E liberte-se através delas! Ame!
Thais Torres

terça-feira, dezembro 18, 2007

Um dia vou só escrever


Esse negócio de farra é complicado. Noites de divertimento, paródias, bebedeiras e vexações... Ah! Tudo isso tem um preço...Ou um peso. Chamem como quiserem...
Ultimamente tenho acordado com o esquecimento do nome das coisas, objetos... Uma moléstia que sinto bastante após dia, ou melhor, noite de embriedade. Alguns amigos dizem já tê-la sentindo também. Chamo-a de "síndrome da deficiência do diálogo pós-embriaguez". Negócio chato essa doença. Ela começa bem leve, travando você na última parte do diálogo com alguém, e assim, não o atrapalhando tanto. Mas não se engane com ela. Sua forma de agir é suave, leve, e é por isso que devemos tomar cuidados. Seu incômodo é doce e brando. E deixa aquela frase comum na pessoa, que esquece da palavra e completa dizendo “nossa, to meio sequelada de ontem”...E então, ela vai aumentando delicadamente, acrescendo meiga, destilando o próprio veneno no seu colóquio dos dias após embriaguez... E quando você menos espera, Você está assim;

- É....?

- É que.......?

-O nome do........?

- A gente tava no.....?

Por isso digo e repito...Um dia vou só escrever....

Saudade


“E era tanta saudade”. Égua, como adoro essa frase. Ela me parece um preciso resumo de muitas divagações acerca desse sentimento de pesar pela ausência. E essa lembrança traduz a pura sensibilidade do ser humano. É como se vivêssemos na busca incansável da satisfação das saudades. E a distância sendo o motivo de nossa andança. E tudo isso, acompanhado do desejo de as tornar a ver ou a possuir.
Na verdade, todos nós precisamos sentir saudade. De fato, não seríamos felizes sem ela. É como viver, vivenciar as coisas e não lembrar depois. É como ter um final de semana perfeito, e ele ser esquecido. É como festejar sua formatura e não ter saudade daquela festa ruidosa. E assim, permanecer sem os bons momentos, logo, sem memórias...

E era tanta saudade...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Nao tire da rota
o que o vento está por levar...
É como se interferíssemos em algo natural.
E ainda sim,
o vento sempre muda sua direção...

Rolamento d’ação


As rodas queimavam o asfalto,
por dentro rolamentos feitos de cilindros de aço
faziam diminuir o atrito...
Por fora, o corpo quente, cálido, ardente,
a espera do começo, meio e fim...
Silvestre na inclinação, adrenalina na ação!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

O que faz o querer


Quero longitude,
O intervalo de tempo entre dois momentos,
O afastamento, extensão...
O remoto,
A grande distância no espaço ou no periodo,
Posto em parte, e eu sendo o apartado...
Quero sentimento ofegante
Que traz à tona a sensação de pesar pela ausência...
Aquela lembrança triste e suave
De pessoas e coisas distantes...
Aquela saudade, forte,
Com o desejo de as tornar a ver ou a possuir...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Livro


Quem nunca leu um livro em um dia?
Aqueles dias que tu tas cheio de vontade de ler, e se perder na imaginação remetente ao texto. Melhor quando o livro trata de um diálogo de amor, com todas as artimanhas, “ As DRs – As discussões da relação entre os casais, sempre diferentes, sempre as mesmas. Que são infinitas, mas, no fundo, iguais” como diz o novo livro do Jabor. Eu sei que vou te amar. Confesso que não gostei tanto, mas como toda conversa de um ato, deve ser terminada o quanto antes. E todo o livro é sempre um bom livro... Pra que esperar o amanhã? E de manhã já havia terminado. Foi logo pra gavetinha... escondido, mas lido... num canto... do armário... e na imaginação...Sempre...




“Você vai entrar pela porta que eu deixei entreaberta, há uma hora que eu não descolo os olhos da luz de néon do hall que se filtra como um prenuncio da tua chegada. Antes de você chegar você já chega como uma nuvem que vem na frente, antes de você chegar eu ouço tua ansiedade vindo, tua luz, teu som nas ruas, teu coração batendo mais forte porque você vai me encontrar...”



“...Você é um ponto de interrogação, uma janela aberta para o ar, um copo de veneno, você é o meu medo, o mar fica em ressaca, fico à beira do riso e das lágrimas, perto do céu e perto do crime, um relógio de briga começa a contar os segundos da luta, uma multidão de fantasmas de terno e gravata me assiste com o coração sangrando, perco o controle e entramos os dois num barco em alto-mar, à deriva...”

Arnaldo Jabor


Assim começa a imaginação do casal que se reencontra depois da separação...

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O que esperar?


Ao analisar o cenário do Brasil, sinto tristemente uma enorme desesperança nas pessoas quanto à mudança do País. A desmoralização da verdade, do correto, do obvio, tornou-se cada vez mais forte neste Brasil. A cretinice destes políticos infestou a nação. Este cinismo esta se alastrando. A população está gostando. Ouço diariamente, "rapaz, este país não tem mais jeito, nunca vai mudar, sempre foi assim, nem quero saber"... O desprezo pelo progresso da nação cresce a cada dia. Com isso, estamos nos auto-destruindo. Estamos nos envenenando. Estamos contaminados pelo vírus do cinismo, do desprezo, do horror. Estamos sendo sugados por carrapatos e sanguessugas que estão a levar nossa nação para a destruição. Ratos que só olham para seu focinho.
Cada vez mais, surgem as classes perigosas. A mentalidade sórdida. As crueldades ganham força. As prioridades ficam escondidas, humilhadas, num canto. As impunidades proliferam-se, encobrindo e exterminando o bem, a justiça, a virtude, a honra, dignidade, a bondade e a paz sobrevivente. Penso eu, humilde primata. O que esperar de nós?