Tudo isso, é um fato incontestável se realmente olvidamos quem fomos um dia, se desprezamos o período lúdico e ingênito da adolescência, muitas vezes assombrosa, mas inegavelmente conservada na reminiscência. Falamos aqui, da faculdade de conservar e produzir as idéias, imagens marcantes e até conhecimentos anteriormente adquiridos. A lembrança de qualquer coisa ou alguém e suas aptidões para recordar especialmente certas coisas.
Ninguém perguntou ao menino, o que ele achava ao assistir o pôr-do-sol numa linda tarde na bucólica mosqueiro. A este adolescente, ninguém lhe perguntou que tal sentia na tarde que seria, talvez, uma das mais marcantes paisagens que este olho infantil apreciava. E também quais impressões recebia quando, já saído de todo o sol, a noite apresentava diante dos olhos, uma nova forma de paisagem... E só muito mais tarde, muitos anos depois, viria a renascer, e este adolescente compreender, antes de mais nada, as suas pequenas memórias...
Ao meu irmao, Alexandre Monteiro.