terça-feira, abril 10, 2007

Caros leitores,
Peço mil desculpas pelo descaso com o Blog. Tive problemas que me afastaram alguns dias da trincheira digital. Estou de volta, com gás renovado e pronto pra compartilhar informações no universo da Blogosfera.
De início, quero aprensentar o mais novo parceiro blogueiro. Que começa com o pé direito, e no mais alto nível. Meu amigo Prudêncio Neto, Bacharel em psicologia e acadêmico de Direito.
Deixo o seu primeiro post aqui no blog. Visitem que lá tem mais...

Difícil elencar no rol de características de nosso Presidente, uma ou algumas, que mostrem verdadeiramente com quem se está tratando. Nesse esforço, uma parece ser a mais evidente, além é claro da covardia e da postergação, é a HABITUAL FALTA DE COMPROMISSO COM AQUILO QUE FORA PACTUADO.
Talvez essa até seja uma característica de grande parte dos políticos, mas nesse caso específico, para não incorrer em um discurso óbvio e clichê, não pretendo de forma alguma trazer reflexões sobre promessas de campanha, ou algo do tipo.
A intenção é trazer a luz, consoante discurso do Senador José Agripino (Democratas – RN), o desrespeito com os acordos acertados pelo Presidente e seus líderes – entende-se líderes aqui de forma ampla, ou seja, àqueles do Senado, da Câmara, bem como seus Ministros e subordinados, enfim, todos que representam o governo – com membros dos demais setores.
Vejamos então um trecho do pronunciamento realizado em 04 de abril de 2007 no Senado Federal:

Eu, Senadora Rosalba, queria fazer uma reflexão e uma avaliação dos fatos neste final de tarde de quarta-feira, para que nós, Senador Gilvam Borges, fiquemos mais conscientes do que está acontecendo conosco, de quem é o nosso Presidente, do nível de confiabilidade que se pode ter nas instituições, nos governantes, de qual é o passado das pessoas, do que o passado avaliza para o futuro. É sempre bom fazer esse tipo de reflexão, principalmente numa quarta-feira santa.
Senadora Rosalba Ciarlini, eu estava na Internet, no blog do Josias, e vi uma coisa que me parece no mínimo curiosa, merecedora de reflexão. Há um livro intitulado Lula, o filho do Brasil, publicado pela Editora Fundação Perseu Abramo, que, evidentemente, trata da vida sindical de Lula. Lá pelas tantas, na página 136 – se não me engano –, está escrito:
"Houve uma proposta. A Empresa Scania aceitou a proposta. Essa proposta foi levada aos trabalhadores dentro da fábrica e, nessa assembléia, eu falei. Os trabalhadores aceitaram a proposta, aceitaram inclusive batendo palmas. E nós saímos da Scania e fomos para a Delegacia Regional do Trabalho para fazer o acordo".
É o relato de um episódio em que Lula, sindicalista, conduziu um entendimento com a Scania-Vabis, uma empresa sueca no Brasil. Lula teria levado o entendimento a bom termo e, feito o acordo, levou-o à Delegacia do Trabalho. O livro, logo em seguida, traz um comentário de Lula: "Por pressão do Sindicato da Indústria Automobilística, o acordo foi desfeito. E é lógico que você pega o trabalhador que desconfia que houve traição, que o sindicato vendeu ele ou coisa parecida". E Lula se refere ao Sindicato da Indústria de Automóveis ou àqueles que quebraram o acordo como "safados", para não citar a palavra mais forte que é relatada no livro. Ele conduziu, como sindicalista, um acordo; os patrões o aceitaram. Mas, por pressões, os patrões voltaram atrás, desfizeram o acordo e ele se refere àqueles que desfizeram o acordo como uns "safadões".


Como é triste e desprezível, olhar para traz e vir que tudo aquilo que tanto foi pregado e defendido por Lula não significa mais nada. Afinal, de acordo com ele próprio e seu partido, como se pode abstrair, os fins justificam os meios.
Vejamos uma lista de acordos não cumpridos, ou seja, uma lista de acordos que em razão de comportamentos de "safadões" caíram por terra:

"Lembra-se do projeto da Sudene e da Sudam, que, durante um ano, foi elaborado, sem ruído, e depois aprovado? Foi vetado lá, sem que o Governo nos tenha dito nada, sem ter havido anúncio algum de que os acordos que fazíamos aqui iriam sofrer reparos quando chegassem lá."
"Outro exemplo: a Super-Receita. Havia um dispositivo atrelado ao compromisso de não se vetar a gratificação para os auditores, para que eles apoiassem a Emenda nº 3. Foi vetada a gratificação. Não houve acordo algum nesse sentido."
"Quer mais outro exemplo? A reabertura de prazo do Refis de 180 dias. Nunca nos disseram que iam vetar. Vetaram, lá."
"Quer ver outra? A repactuação das dívidas dos devedores rurais, na área de atuação da Adene, a antiga Sudene. Quem é que disse que iam vetar? Vetaram os 180 dias de prazo para a repactuação dos débitos do crédito rural. Que perversidade! Nunca ninguém disse isso. Negociamos aqui, fizemos uma negociação transparente, para chegar lá e vetarem."

São apenas alguns exemplo, com certeza além de outros existentes, nosso Presidente da República ainda nos oferecerá muito mais.
Precisas as palavras do líder democrata José Agripino.

Um comentário:

morenocris disse...

Legal você apresentar novos amigos.

Beijos.