quarta-feira, setembro 05, 2007

Poesia


Pablo Neruda morreu faz 34 anos, doze dias exatos depois do golpe terrorista de 11 de Setembro de....1973, no Chile.
Muito marcado pela emotividade, realizou uma obra de crescente pendor humanitário e, em suas últimas fases, pôs o talento a serviço da justiça social.

23 de setembro: Pela manhã continua dormindo, sua mulher se alarma quando transcorre toda a manhã e Neruda não desperta. Às 22:30 exala o último suspiro.
Parece que suas últimas palavras, ditas em um sussurro, foram: "Los fusilan! Los fusilan a todos! Los están fusilando!" (fato não comprovado). Morre de um infarto do coração.

Hoje vive e revive em meus transpiros, ações e pensamentos...




Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,

quem não encontra graça em si mesmo...

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,

repetindo todos os dias os mesmos trajetos...

Morre lentamente quem não conversa com quem não conhece...

Morre lentamente, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,

quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva....

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo...

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

(Pablo Neruda)

9 comentários:

Allan Rodrigues disse...

Bonito meu amigo, Bonito. Se são suas palavras: são belas.

Antonio Carlos Monteiro disse...

O poema? quem dera! Se fossem, ias ver meu jardim recheado das mais belas rosas...hehehe

São de Neruda, caro. Mas olha, o blog é meu! já é um comeco... rsrsrs...

Vou postar alguns pensamentos que tenho guardado.

Abraco, furao!

Anônimo disse...

Gostei do poema, diz forte em todo mundo.

ACM

Antonio Carlos Monteiro disse...

verdade pai. Em mim, com profundidade maior que o centro da terra.

bjs

morenocris disse...

Sou louca por Pablo Neruda. Veja também "Gosto quando te calas"...é linda !

inté ! rsrs

Antonio Carlos Monteiro disse...

To relendo todos dele, a começar pelos cem sonetos de amor, coração amarelo e seguintes.

me faz pensar...rsrsrs..

bjs

morenocris disse...

Olhe, quanta diferença!

Você está muito sensível!...rsrs


Como é bom trabalhar com poesias, não é?

Beijinhos.

Antonio Carlos Monteiro disse...

Bom Dia, é Cris, me faz bem...


Ser sensível,
receber profundamente sensações externas...
Fazer retroceder,
Escrever, escrever e escrever...


Beijos, beijos, beijos...

morenocris disse...

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda.

Um cheiro.
C